A responsabilidade e o trabalho conjunto de produtores e governos ao longo dos anos resultaram em uma importante conquista: o reconhecimento, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), do Brasil como país livre de febre aftosa sem vacinação. O Rio Grande do Sul já havia recebido essa mesma certificação em 2021.
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Qualidade sanitária
Com o novo status, a expectativa é que o país amplie suas exportações para mercados considerados exigentes, como Japão e Coreia do Sul. Esse reconhecimento funciona como mais um selo de qualidade para a carne brasileira.
O combate à febre aftosa começou oficialmente em 1950 e ou por diferentes fases, até a criação do PNEFA (Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa) em 2017, com o objetivo de erradicação completa até 2026.
A doença
A febre aftosa é uma das doenças mais temidas na pecuária mundial devido ao seu alto poder de disseminação e aos prejuízos econômicos que provoca. Por esse motivo, os países impõem severas restrições à entrada de animais suscetíveis e seus derivados provenientes de regiões com ocorrência da doença.
Mudança no preço do boi?
O novo status sanitário do Brasil poderá impactar positivamente o preço do boi gordo. No entanto, a situação é complexa, e a elevação dos preços pode ser moderada por diversos fatores.A abertura de mercados internacionais – como a possibilidade de exportar para o Japão – pode aumentar a demanda pela carne bovina brasileira. O Japão, conhecido por seus critérios rigorosos, paga mais pelo que compra e está entre os maiores importadores de carne bovina do mundo.
Atenção e vigilância
A retirada da vacinação também representa um risco para o Brasil, que possui o maior rebanho bovino do mundo. Será necessário redobrar a fiscalização nas fronteiras, além de garantir agilidade na produção de vacinas em larga escala, caso ocorra algum surto da doença.