A memória é a faculdade de manter e lembrar estados de consciência vividos no ado, bem como tudo o que agregamos e associamos a tais fatos. Você já parou para pensar na quantidade de informações que cabem na sua memória? Por que você se lembra de determinadas coisas e de outras não? O que realmente você faz questão de lembrar e armazenar em sua mente? Será que temos mesmo esse controle?
A memória é a capacidade do cérebro de armazenar, adquirir e evocar informações. Para a aprendizagem, ela é um processo fundamental na compreensão do mundo e na elaboração da própria identidade – tanto individual quanto social. A memória permite-nos guardar sentimentos, imagens, experiências e ideias, envolvendo a codificação, o armazenamento e a recuperação das informações.
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O tempo e suas construções
Quando vivenciamos algo, tais experiências são inicialmente armazenadas em um estado sensível que necessita do fator tempo para se estabilizar. Essa consolidação é envolta por transformações biológicas no cérebro, como o aumento da força conectiva entre os neurônios e a formação de novas sinapses.
Para que a memória seja fixada, o sono também desempenha um papel fundamental, pois permite o processamento e a transferência das informações da memória de curto para a de longo prazo. As memórias tendem a se degradar com o ar do tempo. As de curto prazo se desfazem rapidamente, ao o que as de longo prazo tendem a resistir, mas também podem ser esquecidas. À medida que adquirimos novas experiências, as memórias anteriores podem ser substituídas ou apagadas.
Laços tecidos com a linha da vida
De alguma forma, boa parte das nossas experiências de vida vem acompanhada pelos sentidos que atribuímos a elas. Nem sempre essas experiências são agradáveis, mas, muitas vezes, transformam nosso modo de agir e pensar. ado algum tempo, quando lembramos, a partir de certos gatilhos e acompanhados de novas vivências, imprimimos outros sentidos a tais fatos, ressignificando o valor que lhes damos.
Os laços afetivos que vamos tecendo na linha da vida referem-se às conexões emocionais que construímos com outras pessoas ao longo da nossa jornada. Por vezes, temos livre-arbítrio para deixar permanecer alguns fios que fluem como teias construídas com afeto. Em outros momentos, sem que possamos escolher, emaranham-se em nossa mente conflitos originados de fatos desagradáveis que vivenciamos.
Como você lida com suas memórias? Já parou para pensar que pode tentar ressignificá-las?
Fios afetivos
Os fios afetivos que, ao se entrelaçarem, formam a teia que compõe a nossa vida – os laços que envolvem família, amores, amizades – são fundamentais para nosso bem-estar físico, mental e emocional. Somos movidos por lembranças, que são também nosso combustível diário para seguir em frente. Mas não podemos viver apenas de lembranças.
Devemos, sempre que possível, criar novas memórias: ações bem vividas no presente. Tudo o que for experienciado com sentido, afeto, consciência e responsabilidade transformar-se-á em uma futura memória que faremos questão de guardar em um lugar especial e revisitá-la com frequência.
Quando você perceber que suas histórias de vida, ao serem relembradas, são motivo de alegria para você e para os seus, terá valido a pena cada experiência vivida. Somos movidos por afetos – e que bom se você fizer parte dos afetos presentes na vida das pessoas, assim como das boas lembranças que muitos têm de você.
Você já parou para pensar em que lugar ocupa na memória de alguém? Desejo que seja em um lugar muito especial, que esteja sendo revisitado a cada instante em que desejam o bem para você. Faça questão de ser uma memória linda na vida de alguém – mas prefira estar no tempo presente, e não apenas no tempo ado chamado saudade.